De “cartas à tereza” até aqui, o labor com palavras feito por Deisiane Barbosa ganhou fundura. achei que há, entre a primeira obra da autora que li e os poemas daqui, meticulosamente organizados em três estados de refugo, uma talvez parecença: sua escrita em ambos pede longo tempo de cozimento, em fogo baixo, submerso em água, pra que a carne da fruta não seja colhida com maciez pelas mordidas do entendimento.
Mas se em cartas havia uma unidade de esboço casual E solto no vento da prosa com destinatária onírica, insólita; aqui a montagem é mais premeditada: a ordenação dos poemas quase narrativamente levantando à presença de uma história sendo contada no cotidiano de impressões externas, internas, ou ambas instâncias.
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