Sandro Ornellas nasceu em Brasília-DF (1971) e mora em Salvador-BA. Publicou Em obras (Cousa, 2019), Linhas escritas, corpos sujeitos: processos de subjetivação em literaturas de língua portuguesa (LiberArs, 2015), Formas de cair (Letra Capital, 2011, assinado como Sandro So), Trabalhos do corpo (Letra Capital, 2007) e Simulações (Fundação Casa de Jorge Amado, 1998). É professor de literatura no Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.
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Trecho do prefácio de dói-me este mundo de violentas esperanças, por Ângela Vilma (autora de Talvez um blues, Patuá, 2021):
É singular essa poesia, e persistente em sua coragem, na qual diversos signos se encontram em ousadia e firmeza. Poesia feita “do que há de mais humano” e honesto e mortal, “cicuta que atiça uma língua”. Assim é que Sandro canta “à beira do precipício” este mundo em estado doloroso que vivemos – mundo em que “Os homens oficiais” “têm nosso destino nos olhos”. Poesia sempre reescrita “com o entorpecimento/ de quem próximo do ócio/ encontra seu desígnio”. Num desses desígnios está Salvador, pátria de onde o poeta partiu com seu “excesso de sombra e luz”, em busca do seu mar “que já foi céu já foi terra e hoje é ar que respiro por trás da máscara pegada à desconhecida cara”, e que não é mais a mesma. A vida não é mais a mesma. É dói. No entanto, a poesia cava fundo o pensamento e o sentimento e nos acolhe em humanidade.
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