Com uma narrativa descontraída e ao mesmo tempo investida em conectar referências diversas do campo artístico, literário e cultural, o romance O coração em outra América traz um narrador “perdido” em terras mexicanas, numa áurea ao mesmo tempo cômica, onírica e misteriosa.
Escrito a partir de uma viagem do escritor ao México, a ficção explora a alteridade a partir de conflitos e mal-entendidos no cotidiano de um estrangeiro naquele país, e deixa que a banalidade seja o ponto de revelação de toda a singularidade que cada cultura traz. O personagem acaba sendo uma espécie de passageiro do trem de rupturas, buscas e solidões do mundo contemporâneo, provocando e convocando o leitor a olhar sobre si mesmo.
O romance traz ainda temas como a masculinidade moderna e seus conflitos, a tradição e o encontro de culturas latinas e europeias, a percepção superficial sobre “o outro” e sobre o “si mesmo” que cada sujeito representa quando se confronta com uma cultura desconhecida. A ingenuidade e as referências artísticas da personagem se encontram com as descrições visuais e proporcionam uma narrativa viva e provocante.
O que já disseram sobre O coração em outra América:
(…) esse rapaz, revisor de textos, é nutrido por uma inconfessa melancolia autoprotetora capaz de isolar um terror que lhe persegue de antes, do passado – o terror de “seu país”, sua casa, seu lugar de origem. – Paloma Franca Amorim, escritora.
Evanilton Gonçalves nasceu em 30 de julho de 1986, em Salvador, Bahia, onde vive. É autor do livro Pensamentos supérfluos: coisas que desaprendi com o mundo (Paralelo13S, 2017). É Graduado em Letras Vernáculas pela UFBA e Mestre em Língua e Cultura pela mesma instituição. Os seus contos e crônicas foram publicados em diversas revistas e antologias. Escreve crônicas periodicamente no jornal A Tarde.
Outros livros de Evanilton Gonçalves disponíveis na Livraria boto-cor-de-rosa:
Pensamentos supérfluos: coisas que aprendi com o mundo
A publicação do livro O coração em outra América tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Danilo Cruz –
Leitura prazerosa, simples e encantadora. Tenho orgulho desse escritor.
Laís Gerotto de Freitas Valentim –
Livro excelente, o autor Evanilton Gonçalves faz o leitor repensar questões como quem é, de onde vem, qual a ligação do Brasil com a América Latina, mais especificamente com o México, país em que se passa a narrativa. Fora outras muito importantes como “o mergulho do narrador” nas suas reflexões. São assuntos que têm permeado a literatura brasileira contemporânea. Muito bom! Recomendo muito.
Geovani Martins –
Adorei esse livro quando li a primeira vez, e agora gosto ainda mais. A medida em que o Brasil vai ficando cada vez mais estranho, a prosa de Evanilton se torna ainda mais atual.
Jéssica –
Un cálido abrazo entre dos culturas muy semejantes y que deja de manifiesto que los seres humanos somos más parecidos de lo que creemos, pues tenemos los mismos sentimientos de nostalgia, deseo, esperanza, curiosidad y necesidad de aventura no importando que sea en nuestro propio país o en otro.
Luana R. –
Leitura leve e descontraída e a medida que a gente vai lendo, vai ficando curioso com o desfecho da história. “O coração em outra América” é daqueles livros que a gente lê, se diverte e se imerge com os conflitos do personagem principal e com as percepções dele em relação à cultura e a história daquele país.
Recomendo muito!!!!
José Falero –
Neste romance, Evanilton Gonçalves encontrou um bom meio-termo entre a ousadia da inovação e a solidez da narrativa longa clássica. Em outras palavras, “O coração em outra América” é oxigênio literário; cheira a novidade, cheira a texto fresco; mas tudo isso sem abrir mão de aspectos técnicos bem estabelecidos ao longo da história da literatura. É um puta livro; uma prova da robustez da produção literária contemporânea.
Keila Mara de Souza Araújo –
A leitura do livro O coração em outra América estabelece uma dança, um ritmo próprio entre o movimento e o recolhimento reflexivo. O protagonista chega ao México para passar algumas semanas e se lança em uma experiência de busca não exatamente por pessoas ou lugares, mas por outras formas de conhecer o tempo. Talvez por isso, ao personagem nada pareça fixo, pois tudo passa por ele nesse momento de pausa em lugar desconhecido e a narrativa se faz compartilhando os lugares, ainda que seja na compreensão mútua da solidão. Assim também o livro torna sensorial o desenho da cidade, a inscrição das cores da urbanidade, da música que levou e da música que encontrou, imagens do cinema nas paisagens vivas, no movimento das pessoas, na convivência mútua de seres, coisas, espaços e sons. Experiência muito bem vinda nesses tempos. Indico de pronto!